Ennio Morricone nasceu no dia 10 de novembro de 1928, em Roma. O seu primeiro professor foi o pai, Mario Morri-cone, que era trompetista profissional. Decidido a prosseguir estudos de trompete, ingressou no Conservatório de Santa Cecília em 1940. Formou-se em trompete em 1946 e, no ano de 1954, em composição.
Começou a sua carreira no cinema em 1961, compondo para o filme «O Fascista», realizado por Luciano Salce. No en-tanto, o verdadeiro ponto de viragem na sua carreira aconteceu em 1964, o ano da primeira colaboração com o reali-zador Sergio Leone, especialmente através dos spaghetti westerns: «Por um Punhado de Dólares » (1964), « Por Mais Alguns Dólares » (1965), «O Bom, o Mau e o Vilão» (1966), «Aconteceu no Oeste » (1968) e «Aguenta-Te Canalha» (1971).
Morricone compôs mais de 450 bandas sonoras para filmes, desde 1960, trabalhando tanto com realizadores italianos como realizadores internacionais. Além de Sergio Leone, destacam-se Gillo Pontecorvo, Pier Paolo Pasolini, Bernardo Bertolucci, Giuliano Montaldo, Lina Wermuller, Giuseppe Tornatore, Brian de Palma, Roman Polanski, Warren Beatty, Adrian Lyne, Oliver Stone, Margarethe Von Trotta, Henry Verneuil, Pedro Almodóvar e Roland Joffè.
Entre os filmes famosos que musicou (além dos westerns já mencionados) incluem-se: «A Batalha de Argel», «Sacco and Vanzetti», «Cinema Paraíso», «A Lenda de 1900», «Malèna», «Os Intocáveis», «Era Uma Vez na América» (também de Sergio Leone), «A Missão» e «Sem Retorno».
A sua música foi reutilizada várias vezes para televisão e nos seguintes filmes de Quentin Tarantino: «Kill Bill» (2003); «À Prova de Morte» (2007); «Sacanas Sem Lei» (2009); «Django Libertado» (2007).
Em 2007 recebeu um Óscar Honorário “pelas suas magníficas e multifacetadas contribuições para a arte da música cinematográfica”.
Também em 2015 aconteceu a colaboração entre Tarantino e Morricone, que o realizador há muito desejava: Ennio Morricone escreveu, pela primeira vez, uma banda sonora original para um dos seus filmes, nomeadamente «Os Oito Odiados», que lhe valeu o primeiro Óscar de Melhor Banda Sonora. Mas ao longo da sua carreira recebeu um Leão de Ouro, oito Nastri D’argento, cinco BAFTA’s, cinco nomeações aos Óscares da Academia entre 1979 e 2001, sete David di Donatellos, três Globos de ouro, um Grammy e um Prémio de Filme Europeu.
Casado desde 1956 com Maria Travia, teve três filhos e uma filha, e viveu toda a sua vida em Itália, não nutrindo qual-quer desejo de se mudar para Hollywood. Faleceu no dia 6 de julho de 2020 em Roma, aos 91 anos.

"Música é uma experiência, não uma ciência."